Comercialização do milho 2ª safra: desafios, tendências e o papel do seguro agrícola em 2025
A segunda safra de milho no Brasil, conhecida como safrinha, se consolidou em 2025 como peça fundamental para a balança comercial e segurança alimentar do país. Responsável por cerca de 80% do milho produzido nacionalmente, a colheita alcançou um volume recorde estimado em mais de 109 milhões de toneladas, segundo os principais levantamentos do setor. No entanto, tamanho sucesso produtivo trouxe novos desafios à comercialização, aumentando a importância da gestão de riscos e, consequentemente, dos seguros agrícolas.
A abundante oferta pressionou os preços do cereal no mercado interno, levando o produtor a buscar alternativas para não comprometer a rentabilidade. Em novembro de 2025, o indicador Cepea aponta cotações entre R$ 63 e R$ 67 por saca, abaixo da média dos últimos anos. A retração nas vendas foi sentida em todo o Centro-Sul, com Mato Grosso liderando as negociações.
Na região sul do país, geadas, chuvas e estiagem afetaram a qualidade do grão em parte das lavouras. Apesar disso, as estimativas apontam para altos volumes colhidos em estados como Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, com médias próximas a 80 sacas por hectare em diversas regiões.
Além disso, questões logísticas e de armazenagem continuam sendo entraves para o escoamento eficiente, já que o país ainda enfrenta déficit de capacidade em silos, principalmente durante a sobreposição da safra de milho com os estoques da soja. Essas condições aumentam o risco de perdas e depreciação dos grãos, tornando o seguro agrícola uma ferramenta estratégica não só para mitigar riscos climáticos, mas para proteger o capital investido até a etapa de comercialização.
O seguro agrícola passa a ser pauta obrigatória no planejamento do produtor de milho, principalmente diante de atrasos de plantio, fenômenos como geadas (registradas no sul), excesso de chuva, e incertezas do mercado internacional.
Por isso, o produtor deve buscar sempre informações confiáveis sobre as modalidades de seguro agrícola disponíveis, considerando desde coberturas para riscos climáticos até seguro de armazenagem. Essa proteção garante mais estabilidade econômica, permite ousar em estratégias comerciais e minimiza o impacto de adversidades na próxima safra.